Entrevista com Albanita Almeida, do Restaurante Céu e Terra e representante líder do Centro de Auto-Educação Vitalícia-PE, para o jornal Folha de Pernambuco do dia 13 de abril/12.
A entrevista completa pode ser conferida logo abaixo:
Micromacrobiótica: mais do que comida, uma filosofia
A preocupação com os bons hábitos alimentares a fim de alcançar boa saúde tem
tomado conta de nossas mesas. Uma forte aliada para alcançar este objetivo é a
filosofia micromacrobiótica, que compreende alimento para o corpo e para a
mente.
Discípulo de George Oshawa, o japonês Tomio Kikuchi trouxe para o Brasil, há mais de 50 anos, os princípios que vão além da alimentação, diz respeito a uma filosofia de vida. O antigo termo macrobiótica vem do grego “macro” que significa “grande”, acrescido de “bios” que quer dizer “vida”. Com o passar do tempo e o aperfeiçoamento dos estudos, convencionou-se chamar de micromacrobiótica, uma vez que, de acordo com o professor Kikuchi, para se alcançar o equilíbrio deve-se enxergar, também, os menores (micro) elementos da vida.
Baseando-se especialmente no princípio taoísta do yin (energia que expande) e yang (energia que contrai), os alicerces da alimentação micromacrobiótica passam, necessariamente, pela compreensão de que todas as pessoas são formadas por mente, corpo e sentimento e a alimentação deve ser feita de maneira psicossomática, isto é, pensando simultaneamente na parte física e psíquica.
A base da alimentação “macrô” é o arroz integral, especialmente da variedade cateto, de grãos mais curtos. Na refeição são servidos, ainda, folhas, legumes e raízes orgânicos. De acordo com Albanita Almeida, adepta da alimentação “macrô” há mais de 20 anos, a proteína animal não é proibida, mas se restringe ao peixe ou aos ovos caipiras. “As carnes vermelhas são extremamente Yang. Os açúcares, extremamente Yin. Na alimentação macrobiótica, é recomendado evitar os extremos”, explica. Na cozinha, os alimentos são cuidadosamente preparados.
“Tudo tem seu cozimento certo e nos preocupamos em deixar cada alimento com o seu próprio sabor”, explica. O sal é o tempero principal, apenas para realçar o gosto dos alimentos.
Servem para tempero, ainda, a cebola, o alho e o molho de soja. A busca pelo equilíbrio se reflete na saúde. De acordo com a filosofia macrobiótica, se alimentar de maneira equilibrada melhora a qualidade do sangue e inibe doenças. Este tipo de dieta difere-se de outras, ainda, porque considera que cada indivíduo tem necessidades nutricionais distintas. “Não existe um cardápio a ser seguido. Isso depende de sexo, idade, atividade física”, explica Albanita, que criou seus dois filhos, hoje com 22 e 30 anos, dentro da filosofia. “Eles nunca deixaram de ir a festinhas de criança, por exemplo. Mas, negociávamos o que valia a pena ser comido”, explica. Para os micromacrobióticos, as pessoas estão deixando de aproveitar a comida e se alimentando de produtos. “Enlatados, industrializados e o açúcar refinado não são alimento, são produtos para vender”, explica.
Para a nutricionista e professora do departamento de Nutrição da Universidade Federal de Pernambuco, Jailma Santos, a dieta micromacrobiótica é interessante e viável. “É uma dieta com alimentos variados, orgânicos e que pode ser adaptada ao indivíduo e à região em que ele se encontra”, explica. De acordo com a professora - que estuda alimentação alternativa - é importante que as pessoas procurem orientação nutricional no período de transição, para que não tenham qualquer carência. Quem se interessa pela dieta, precisa ter em mente que é preciso segui-la até que o seu corpo se adapte. “Há pessoas que são vegetarianas em um dia, macrobióticas em seguida, depois passam a comer carnes. Fazer muitas mudanças alimentares - sem dar ao organismo o tempo para se adaptar - pode causar prejuízos à saúde”, alerta.
Discípulo de George Oshawa, o japonês Tomio Kikuchi trouxe para o Brasil, há mais de 50 anos, os princípios que vão além da alimentação, diz respeito a uma filosofia de vida. O antigo termo macrobiótica vem do grego “macro” que significa “grande”, acrescido de “bios” que quer dizer “vida”. Com o passar do tempo e o aperfeiçoamento dos estudos, convencionou-se chamar de micromacrobiótica, uma vez que, de acordo com o professor Kikuchi, para se alcançar o equilíbrio deve-se enxergar, também, os menores (micro) elementos da vida.
Baseando-se especialmente no princípio taoísta do yin (energia que expande) e yang (energia que contrai), os alicerces da alimentação micromacrobiótica passam, necessariamente, pela compreensão de que todas as pessoas são formadas por mente, corpo e sentimento e a alimentação deve ser feita de maneira psicossomática, isto é, pensando simultaneamente na parte física e psíquica.
A base da alimentação “macrô” é o arroz integral, especialmente da variedade cateto, de grãos mais curtos. Na refeição são servidos, ainda, folhas, legumes e raízes orgânicos. De acordo com Albanita Almeida, adepta da alimentação “macrô” há mais de 20 anos, a proteína animal não é proibida, mas se restringe ao peixe ou aos ovos caipiras. “As carnes vermelhas são extremamente Yang. Os açúcares, extremamente Yin. Na alimentação macrobiótica, é recomendado evitar os extremos”, explica. Na cozinha, os alimentos são cuidadosamente preparados.
“Tudo tem seu cozimento certo e nos preocupamos em deixar cada alimento com o seu próprio sabor”, explica. O sal é o tempero principal, apenas para realçar o gosto dos alimentos.
Servem para tempero, ainda, a cebola, o alho e o molho de soja. A busca pelo equilíbrio se reflete na saúde. De acordo com a filosofia macrobiótica, se alimentar de maneira equilibrada melhora a qualidade do sangue e inibe doenças. Este tipo de dieta difere-se de outras, ainda, porque considera que cada indivíduo tem necessidades nutricionais distintas. “Não existe um cardápio a ser seguido. Isso depende de sexo, idade, atividade física”, explica Albanita, que criou seus dois filhos, hoje com 22 e 30 anos, dentro da filosofia. “Eles nunca deixaram de ir a festinhas de criança, por exemplo. Mas, negociávamos o que valia a pena ser comido”, explica. Para os micromacrobióticos, as pessoas estão deixando de aproveitar a comida e se alimentando de produtos. “Enlatados, industrializados e o açúcar refinado não são alimento, são produtos para vender”, explica.
Para a nutricionista e professora do departamento de Nutrição da Universidade Federal de Pernambuco, Jailma Santos, a dieta micromacrobiótica é interessante e viável. “É uma dieta com alimentos variados, orgânicos e que pode ser adaptada ao indivíduo e à região em que ele se encontra”, explica. De acordo com a professora - que estuda alimentação alternativa - é importante que as pessoas procurem orientação nutricional no período de transição, para que não tenham qualquer carência. Quem se interessa pela dieta, precisa ter em mente que é preciso segui-la até que o seu corpo se adapte. “Há pessoas que são vegetarianas em um dia, macrobióticas em seguida, depois passam a comer carnes. Fazer muitas mudanças alimentares - sem dar ao organismo o tempo para se adaptar - pode causar prejuízos à saúde”, alerta.